O Dia Nacional da Síndrome de Down é comemorado neste sábado, 21. No município de Belém, pessoas com a síndrome recebem a atenção de diversos órgãos públicos, que juntos garantem os direitos à assistência, saúde e educação, por exemplo.
Dados obtidos pelo Sistema de Informação de Gestão
Acadêmica (Siga), apontam que na rede municipal de ensino, gerida pela
Secretaria Municipal de Educação, frequentam as aulas regulares 46 alunos com
síndrome de Down, desde o Ensino Infantil até a Educação de Jovens e Adultos.
Estes alunos recebem o Atendimento Educacional
Especializado (AEE) nas salas de recursos multifuncionais no contraturno, o
acompanhamento das atividades dos estudantes junto ao professor da classe
regular, com objetivo de estimular e desenvolver o potencial do aluno, além do
auxílio da equipe multiprofissional do Centro de Referência em Inclusão
Educacional (Crie) Gabriel Lima Mendes, que faz parte da Semec, e atende todos
os alunos com deficiência na rede municipal, quando é apresentada alguma demanda
específica, como a necessidade de fonoaudiólogo e psicólogo.
Para a coordenadora do Crie, Denise Costa, o
acompanhamento da criança favorecerá uma vida com mais igualdade e
oportunidades. “A alteração cromossômica não altera a maneira como nós temos
que tratar os alunos com a síndrome, pois não é um cromossomo que fará a
diferença no amor, dedicação e respeito pelo ser humano. Eles precisam ser
estimulados dentro das suas peculiaridades, na tríade educação, saúde e
assistência social. As crianças que tiverem o atendimento dentro desta tríade
desde cedo, podem ter seu potencial explorado e muito bem desenvolvido”,
argumenta Denise.
Nas escolas, a integração e o respeito aos alunos com
deficiência é a lição número um. Dentro de sala de aula, são realizadas atividades
pedagógicas voltadas para o envolvimento de todos, respeitando o ritmo e o
momento de aprendizagem de cada um. É uma maneira também de incentivar a
permanência do estudante, que conta com suporte técnico pedagógico individual.
Para os profissionais, formações continuadas são
oferecidas gratuitamente para que todos da escola sintam-se parte do processo
de inclusão e do desenvolvimento dos alunos.
Mas os estudantes não são os únicos envolvidos neste
processo. A família também é acolhida ao participar de encontros onde recebe
esclarecimentos sobre os direitos dos atendidos, exposição de métodos que
auxiliem o avanço na vida do aluno dentro e fora da escola, além do
encaminhamento a outros especialistas.
Vanda Soares Nascimento é técnica de enfermagem e abriu
mão da profissão para trabalhar como secretária doméstica e poder estar mais
junto do filho, Marcus Vinicius Nascimento, aluno com síndrome de Down da
Escola Municipal Francisco Nunes. De acordo com Vanda, a escola é um dos poucos
locais onde se sente segura em deixar o filho, melhor até do que a instituição
particular, onde Marcus estava matriculado.
“Ele começou a estudar quando tinha um ano e seis meses
de idade. Quando fez seis anos matriculei ele na Francisco Nunes porque percebi
que a escola tem muita estrutura, diferente da outra. Tem a professora de sala
de aula, do atendimento especial que conhece a especialidade dele, a
escola é segura, e ele interage com as outras crianças, o que é muito
importante para ele. Lá ele estuda, brinca, vê as atitudes de outras crianças,
é um estímulo”, afirmou satisfeita, Vanda Nascimento.
Texto: Aline Saavedra
Foto: Tássia Barros – ComusSecretaria Municipal de Educação (SEMEC)
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