segunda-feira, 23 de março de 2015



O Dia Nacional da Síndrome de Down é comemorado neste  sábado, 21. No município de Belém, pessoas com a síndrome recebem a atenção de diversos órgãos públicos, que juntos garantem os direitos à assistência, saúde e educação, por exemplo.
Dados obtidos pelo Sistema de Informação de Gestão Acadêmica (Siga), apontam que na rede municipal de ensino, gerida pela Secretaria Municipal de Educação, frequentam as aulas regulares 46 alunos com síndrome de Down, desde o Ensino Infantil até a Educação de Jovens e Adultos.   
Estes alunos recebem o Atendimento Educacional Especializado (AEE) nas salas de recursos multifuncionais no contraturno, o acompanhamento das atividades dos estudantes junto ao professor da classe regular, com objetivo de estimular e desenvolver o potencial do aluno, além do auxílio da equipe multiprofissional do Centro de Referência em Inclusão Educacional (Crie) Gabriel Lima Mendes, que faz parte da Semec, e atende todos os alunos com deficiência na rede municipal, quando é apresentada alguma demanda específica, como a necessidade de fonoaudiólogo e psicólogo.
Para a coordenadora do Crie, Denise Costa, o acompanhamento da criança favorecerá uma vida com mais igualdade e oportunidades. “A alteração cromossômica não altera a maneira como nós temos que tratar os alunos com a síndrome, pois não é um cromossomo que fará a diferença no amor, dedicação e respeito pelo ser humano. Eles precisam ser estimulados dentro das suas peculiaridades, na tríade educação, saúde e assistência social. As crianças que tiverem o atendimento dentro desta tríade desde cedo, podem ter seu potencial explorado e muito bem desenvolvido”, argumenta Denise.
Nas escolas, a integração e o respeito aos alunos com deficiência é a lição número um. Dentro de sala de aula, são realizadas atividades pedagógicas voltadas para o envolvimento de todos, respeitando o ritmo e o momento de aprendizagem de cada um. É uma maneira também de incentivar a permanência do estudante, que conta com suporte técnico pedagógico individual.
Para os profissionais, formações continuadas são oferecidas gratuitamente para que todos da escola sintam-se parte do processo de inclusão e do desenvolvimento dos alunos.
Mas os estudantes não são os únicos envolvidos neste processo. A família também é acolhida ao participar de encontros onde recebe esclarecimentos sobre os direitos dos atendidos, exposição de métodos que auxiliem o avanço na vida do aluno dentro e fora da escola, além do encaminhamento a outros especialistas.
Vanda Soares Nascimento é técnica de enfermagem e abriu mão da profissão para trabalhar como secretária doméstica e poder estar mais junto do filho, Marcus Vinicius Nascimento, aluno com síndrome de Down da Escola Municipal Francisco Nunes. De acordo com Vanda, a escola é um dos poucos locais onde se sente segura em deixar o filho, melhor até do que a instituição particular, onde Marcus estava matriculado.
“Ele começou a estudar quando tinha um ano e seis meses de idade. Quando fez seis anos matriculei ele na Francisco Nunes porque percebi que a escola tem muita estrutura, diferente da outra. Tem a professora de sala de aula, do atendimento especial que conhece a especialidade dele,  a escola é segura, e ele interage com as outras crianças, o que é muito importante para ele. Lá ele estuda, brinca, vê as atitudes de outras crianças, é um estímulo”, afirmou satisfeita, Vanda Nascimento.   

Texto: Aline Saavedra
Foto: Tássia Barros – ComusSecretaria Municipal de Educação (SEMEC)



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