Utilizar a horta escolar de forma pedagógica e
provocar uma mudança na cultura alimentar da criança e da comunidade no entorno
da escola. Esse é o objetivo da oficina “Horta escolar, estratégia de
aprendizagem”, que faz parte do projeto “Educando com a Horta Escolar e a
Gastronomia” realizado pela Fundação Municipal de Assistência ao Estudante,
Fmae.
A oficina iniciada nesta terça-feira,15,prossegue
até quarta-feira,16, de 8h às 12h e das 14 às 18h no Núcleo de Informática
Educativa da Secretaria Municipal de Educação, o Nied, localizado na Travessa
Padre Eutíquio, 1900. Participam da oficina professores, coordenadores e pedagogos
de Escolas e Unidades Pedagógicas de Belém e da região das ilhas.
Durante o encontro são abordadas técnicas
para aproximar o mundo infantil da gastronomia, iniciando pelo cultivo das
hortaliças. “Só faz sentido pra criança se alimentar de forma saudável
quando ela participa de todo o processo. Além do canteiro dos alunos, é preciso
que exista a horta dos professores, dos vigias, que irão tratar da horta
durante as férias e das merendeiras que irão manipular o alimento. É um
processo onde todos devem participar”, enfatizou a facilitadora Marinalva
Brito.
Marinalva acrescenta ainda que para a construção
de uma horta não é necessário ter um espaço muito grande e nem ser um profundo
conhecedor de agronomia. “É dever do professor buscar conhecimento para os
alunos se alimentarem bem”, concluiu.
A diferença entre as hortas
cultivadas em grandes plantações ou até mesmo em algumas escolas. e o
modelo proposto é fazer com que a horta seja trabalhada de maneira
pedagógica, unindo ao cuidado da plantação atividades de sala de
aula.
A expectativa do projeto é estimular nos alunos o
cuidado ao lidar com a horta e conhecer cada item para que assim o aluno
não desperdice a hortaliça na merenda escolar. O diferencial é não apenas
determinar o que os alunos devem comer, e sim o benefício que as
hortaliças trazem pra vida de cada um.
Para o integrante da equipe de assessoramento das
ilhas, Gilberto Silva, a importância da implantação do projeto é fazer com que
os alunos sejam os próprios produtores. “É importante porque irá estimular os
alunos a terem uma alimentação saudável e mais ainda por serem eles mesmos os
produtores. Não será apenas mais uma horta na escola”, afirma.
As Unidades Pedagógicas Combu, localizada na ilha
do Combu e São José, localizada na Ilha Grande já tiveram hortas em suas
dependências, o que resultou em uma experiência negativa. “Nós tínhamos uma
horta que não ganhou a importância que deveria porque não havia o processo de
conhecimento por parte dos alunos”, avaliou Gilberto.
A meta é, além de reativar as duas hortas
das UP Combu e São José, dar início à construção do espaço em mais três
unidades somente nas ilhas pertencentes a Belém.
Texto: Aline Saavedra
Foto: Renan Ribeiro
Secretaria Municipal de Educação (SEMEC)
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