quinta-feira, 28 de maio de 2015

Merenda escolar de Belém é referência nacional em pesquisa






Belém recebeu, nos últimos dias, a visita de uma equipe de pesquisadores da Fundação Getúlio Vargas (FGV). O objetivo foi realizar um mapeamento do custo da merenda escolar no ensino fundamental do município. O Estudo faz parte de uma pesquisa do Centro de Excelência contra a Fome, do Programa Mundial de Alimentos, em parceria com a FGV e com o apoio institucional do Ministério da Educação (MEC).

“Sabemos que o custo da merenda escolar não é só a comida, há todo um trabalho em volta. Temos a base de dados de como acontece a alimentação escolar, mas não é o suficiente para preencher todas a lacunas da pesquisa. Por isso, estamos visitando alguns municípios, pois também precisamos identificar se existem diferenças de região para região”, explicou o pesquisador do Centro de Microeconomia Aplicada da FGV, Bernardo Modenesi.

A pesquisa servirá como base para futuros reajustes no repasse Federal para a compra de alimentos para as escolas, além de servir de parâmetro para a implementação de programas de Alimentação Escolar em países em desenvolvimento, como a África do Sul. 

Durante a visita, nos dias 21 e 22, os pesquisadores passaram por seis escolas, sendo duas de pequeno porte, duas de médio porte e duas de grande porte. Na ocasião, conversaram com as diretoras e manipuladoras de alimentos, que responderam o questionário do estudo.  

Quinze municípios do País foram selecionados para participar da do levantamento, obedecendo 43 critérios, sendo um deles o Índice de Desenvolvimento Humano. Destes municípios, três recebem a pesquisa presencial: Brasília, Belém e Candeis (BA). A seleção dos lugares aconteceu por indicação do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). De acordo com os visitantes, a heterogeneidade de Belém também foi um dos fatores que contribuíram para a capital ser escolhida. Em uma mesma região há escolas urbanas e rurais, como é encontrado na região das ilhas.

“Algo muito interessante que pudemos presenciar aqui em Belém foi a predileção por alimentos naturais e sua qualidade. Em outras regiões, são utilizados muitos enlatados na merenda escolar,” pontuou Bernardo.   

Atualmente, 39% dos produtos que compõem a merenda escolar do município são oriundos da agricultura família, sendo 30% o mínimo estipulado pelo governo federal. 

“Este mapeamento mostra a atenção que está sendo dada aos investimentos para alimentação e a busca por uma política de equilíbrio. Também foi muito importante para nós porque indica que estamos no caminho certo, tornando Belém referência em qualidade da merenda escolar no País”, disse o presidente da Fundação Municipal de Assistência ao Estudante (Fmae), Walmir Moraes.

Texto: Andreza Carvalho
Foto: Arquivo Comus / Tássia Barros - Comus
Secretaria Municipal de Educação (SEMEC)

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