Belém recebeu, nos últimos dias, a visita de uma equipe
de pesquisadores da Fundação Getúlio Vargas (FGV). O objetivo foi realizar um
mapeamento do custo da merenda escolar no ensino fundamental do município. O
Estudo faz parte de uma pesquisa do Centro de Excelência contra a Fome, do
Programa Mundial de Alimentos, em parceria com a FGV e com o apoio
institucional do Ministério da Educação (MEC).
“Sabemos que o custo da merenda escolar não é só a
comida, há todo um trabalho em volta. Temos a base de dados de como acontece a
alimentação escolar, mas não é o suficiente para preencher todas a lacunas da
pesquisa. Por isso, estamos visitando alguns municípios, pois também precisamos
identificar se existem diferenças de região para região”, explicou o
pesquisador do Centro de Microeconomia Aplicada da FGV, Bernardo Modenesi.
A pesquisa servirá como base para futuros reajustes no
repasse Federal para a compra de alimentos para as escolas, além de servir de
parâmetro para a implementação de programas de Alimentação Escolar em países em
desenvolvimento, como a África do Sul.
Durante a visita, nos dias 21 e 22, os pesquisadores
passaram por seis escolas, sendo duas de pequeno porte, duas de médio porte e
duas de grande porte. Na ocasião, conversaram com as diretoras e manipuladoras
de alimentos, que responderam o questionário do estudo.
Quinze municípios do País foram selecionados para
participar da do levantamento, obedecendo 43 critérios, sendo um deles o
Índice de Desenvolvimento Humano. Destes municípios, três recebem a pesquisa
presencial: Brasília, Belém e Candeis (BA). A seleção dos lugares aconteceu por
indicação do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). De acordo
com os visitantes, a heterogeneidade de Belém também foi um dos fatores que
contribuíram para a capital ser escolhida. Em uma mesma região há escolas
urbanas e rurais, como é encontrado na região das ilhas.
“Algo muito interessante que pudemos presenciar aqui em
Belém foi a predileção por alimentos naturais e sua qualidade. Em outras
regiões, são utilizados muitos enlatados na merenda escolar,” pontuou
Bernardo.
Atualmente, 39% dos produtos que compõem a merenda
escolar do município são oriundos da agricultura família, sendo 30% o
mínimo estipulado pelo governo federal.
“Este mapeamento mostra a atenção que está sendo
dada aos investimentos para alimentação e a busca por uma política de
equilíbrio. Também foi muito importante para nós porque indica que estamos no
caminho certo, tornando Belém referência em qualidade da merenda escolar no
País”, disse o presidente da Fundação Municipal de Assistência ao Estudante
(Fmae), Walmir Moraes.
Texto:
Andreza Carvalho
Foto:
Arquivo Comus / Tássia Barros - Comus
Secretaria
Municipal de Educação (SEMEC)
Nenhum comentário:
Postar um comentário