segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Belém amplia atendimento especializado para alunos com deficiência






Uma análise feita pelo Centro de Referência em Inclusão Educacional Gabriel Lima Mendes, vinculado à Secretaria Municipal de Educação, que gerencia o atendimento a alunos com deficiência nas escolas municipais de Belém e distritos de Mosqueiro, Outeiro, Icoaraci, além da região das ilhas, mostra que mais de mil alunos com deficiência, seja ela física, intelectual, visual ou auditiva recebem atendimento especial nas escolas municipais. 
No início deste ano, era 547 o número de alunos matriculados na rede. Após o levantamento criterioso, feito em agosto, foi constatado que mais de mil alunos com deficiência estão matriculados na Rede Municipal de Ensino, desde a Educação Infantil até a Educação de Jovens e Adultos. Os dados obtidos são do Sistema de Informações de Gestão Acadêmica (Siga).
Os alunos, além de participarem das aulas em turmas regulares, têm toda a assistência especializada necessária nas Salas de Recursos Multifuncionais (SRMs), que também teve o seu número ampliado. No início deste ano, das 69 escolas, apenas 33 possuíam a SRM, hoje já são 40. As salas são espaços onde os alunos podem expandir conhecimentos e melhorar as habilidades dentro da limitação de cada deficiência, seja ela física, auditiva, intelectual ou visual.
Nas SRMs há mobílias, recursos de tecnologia assistiva, como sorobã, que é uma espécie de calculadora adaptada para deficientes visuais; máquina braile, teclado adaptado, jogos e software, além de outros objetos que auxiliam no desenvolvimento de cada aluno. Nestas salas há o acompanhamento de uma equipe com profissionais de fisioterapia, psicologia, pedagogos, fonoaudiólogos, entre outros. Os atendimentos ocorrem três vezes por semana, no contraturno escolar.
A qualidade no atendimento é refletida na satisfação de pais e alunos. “Meu filho estudou durante quatro anos em uma escola particular e estuda pela primeira vez em uma escola pública. O que eu posso dizer é que a escola em que ele está hoje é muito melhor. Antes ele nem escrevia, era só livro, só livro, hoje ele tem dever de casa, faz exercício no caderno, como qualquer outra criança. Ele avançou muito mais. As pessoas lá são maravilhosas, eu e ele adoramos”, conta Marivalda do Socorro Vale, mãe do aluno Igor Vale, 10, que tem síndrome de Down e faz o 3º ano na Escola Municipal Walter Leite Caminha, no Benguí. Outros estudantes com algum tipo de deficiência, como Andresson Luiz, e Elizabeth Rodrigues, também comemoram avanços nos estudos regulares devido ao atendimento especializado que recebem da Prefeitura de Belém.
O fato, de acordo com a coordenadora do Crie, Denise Costa, está ligado à presença do atendimento especial, na maioria dos espaços educacionais e a proliferação dos serviços oferecidos. “A educação inclusiva no município de Belém caminha a passos largos e tem conseguido várias conquistas em prol dos alunos. Nós estamos conseguindo sensibilizar os profissionais, as famílias, a comunidade para a questão, isso é muito importante. A inclusão desses alunos seja na escola, nas datas comemorativas é muito importante. E a escola pode ser o primeiro contato da pessoa com deficiência no universo que é de todos. É necessário fazer a verdadeira inclusão”, ressaltou Denise Costa.
Texto: Aline SaavedraFoto: Isis FonsecaSecretaria Municipal de Educação (SEMEC) 

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