
Priscila trabalha há seis anos na biblioteca da
escola Liceu de Arte e Ofício Mestre Raimundo Cardoso, no distrito de Icoaraci,
e, para ela, trabalhar em uma biblioteca escolar foi a melhor experiência profissional
que poderia ter acontecido. Foi no dia a dia da escola que a jovem
bibliotecária compreendeu melhor a importância da carreira que escolheu.

Quem também sente orgulho e aprende a cada dia
novas lições com a profissão abraçada é a bibliotecária Gorete Figueiredo, que
trabalha na biblioteca pública Avertano Rocha, localizada na orla de Icoaraci.
O local, conhecido pelos moradores do distrito como “casarão do saber’’, conta
com uma equipe de oito bibliotecários, sempre prontos a auxiliar aqueles que
vão em busca do saber. O acervo da biblioteca reúne mais de 20 mil livros, além
de brinquedoteca, sala de vídeo e gibiteca. “Trabalho nessa biblioteca há quase
20 anos. Aqui, nós somos um pouco professores, amigos e conselheiros, o que,
acredito, seja a parte mais bonita da nossa profissão’’, resume.

Pioneirismo – A cidade
Belém aparece como uma exceção nacional no que diz respeito à existência de
bibliotecas nas escolas. A Lei N° 12.224, estabelece que cada escola tenha a sua
própria biblioteca. O prazo para o cumprimento da Lei é até o ano de 2020.
Belém cumpriu a Lei muito antes do seu prazo
final. Todas as escolas do município de Belém já possuem bibliotecas, mesmo
aquelas que estão funcionando em prédios alugados por conta de reformas.
Bibliotecárias acompanham a história da
regularização fundiária em Belém

É com saudosismo que ela lembra das fases que
passou ali juntamente com outros colegas, ao folhear registros fotográficos
antigos – o local foi inaugurado em 1975 como Centro de Documentação e
Informação (CEDI) – e faz um balanço do que viveu. “Olhando o passado você
começa a perceber que valeu a pena. No momento em que você está trabalhando com
a obra, tratando a obra, disseminando a informação, você absorve conhecimento.
É um trabalho no qual você doa e recebe, uma profissão que tem de ser
valorizada, pois nos dá conhecimento, e só tende a nos acrescentar cada vez
mais”, conclui.
Glória pretende se aposentar em breve, mas deixa
seu legado para Lucilene Gonçalves, universitária de Biblioteconomia que
trabalha na Codem há apenas dois anos. Para a jovem, o mais interessante no
trabalho que desempenha hoje é poder lidar com obras raras que só a Codem
possui: o acervo fundiário que conta com aproximadamente 800 livros de
registros de terra, que mostram a história da regularização fundiária da região
metropolitana de Belém. “Esses registros nos ajudam a entender como a cidade se
formou. É um conhecimento que me fascina”, finaliza Lucilene.
Com colaboração de Karol Amaral
- Companhia de Desenvolvimento e Administração da Área Metropolitana de
Belém (Codem)
Texto: Milene Amaral
Foto: Uchôa Silva/Comus
Coordenadoria de Comunicação
Social (COMUS)
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