quinta-feira, 13 de março de 2014

Escolas ribeirinhas de Belém recebem ação “Inclusão nas Águas”






Uma visita às escolas ribeirinhas nesta terça-feira, 11, mudou a rotina dos alunos matriculados na Unidade Pedagógica do Combu, principalmente os com deficiência. A Prefeitura, por meio do Centro de Referência em Inclusão Educacional Gabriel Lima Mendes, vinculado à Secretaria de Educação Municipal, levou pela primeira vez uma equipe composta por profissionais da área de psicologia, fonoaudiologia, fisioterapia, pedagogia, professores surdos e cegos e assistentes sociais para fazer uma avaliação dos estudantes com deficiência na ilha.

O objetivo da ação, denominada “Inclusão nas águas,” é fazer uma avaliação do aluno com deficiência, seja ela física, auditiva, intelectual ou visual, e a partir de então, assessorar o professor para que ele possa compreender as adaptações necessárias para o atendimento ao aluno de acordo com a deficiência. Dessa maneira, será possível fortalecer o processo de inclusão escolar. A próxima será na Unidade Pedagógica São José, no dia 27 de março, também na ilha do Combu.

A proposta de realizar a ação surgiu da ausência de salas de recursos multifuncionais, que atendem esses estudantes com o objetivo de ampliar os conhecimentos e melhorar as habilidades de cada um, com recursos apropriados, nas ilhas.

A partir da iniciativa, os professores irão passar por assessoramento para aprender as melhores técnicas e maneira de lidar com os alunos com deficiência que a escola possui, para assim aumentar as habilidades do aluno na vida escolar e social.

coordenação do Crie é levar às pessoas a oportunidade de ter uma educação de qualidade, respeitando sempre as diferenças. “O que toda a equipe do Crie quer é dar oportunidade a famílias que têm dificuldade de sair da ilha e vir até Belém, e dar atenção ao aluno com deficiência, pra que ele não se sinta excluído e possibilitar a ele métodos de aprendizado eficientes”, afirmou Denise Costa, coordenadora geral do Crie. Após a avaliação, possíveis parcerias serão trabalhadas para dar  atenção completa aos alunos.

A primeira ação já é vista com resultados positivos pela coordenadora do núcleo de avaliação do Crie, Ana Karen Mendes. “Com a ação, foi possível identificar as crianças com deficiência e orientar de perto os professores. Foi muito bom, os pais compareceram, falamos dos serviços que são oferecidos pelo Crie. Além disso, também ouvimos relatos de que até então ninguém especializado tinha ido até eles”, afirmou a coordenadora, que detectou algumas deficiências como a paralisia cerebral, e problemas graves de linguagem.

Pai de uma aluna com microcefalia, Odiley Pena Quaresma parabenizou a Prefeitura pela ação. “Já tivemos outras ações como dentista, essas coisas, mas ligada à educação foi a primeira vez. É bom porque foca na escola, ajuda no desenvolvimento. É importante porque nem todo mundo tem acesso, é muito mais fácil quando é feito perto da gente”, afirma.

Texto: Aline Saavedra – Ascom Semec
Fotos: Divulgação Crie

Edição: Lene Tavares 

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