segunda-feira, 15 de setembro de 2014





O Centro de Referência em Inclusão Educacional Gabriel Lima Mendes – CRIE, vinculado à Secretaria Municipal de Educação (Semec), promoveu nesta sexta-feira, 12, a formação “As Dificuldades do Aluno com Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade e as possibilidades de inclusão na Rede Municipal de Ensino de Belém”, voltada para os professores que realizam o atendimento nas salas de recursos multifuncionais, que atendem os alunos com deficiência.
O encontro foi realizado no centro de formação de professores, como parte da série de formações continuadas que vem sendo ofertada. Com isso, a CRIE busca sensibilizar ainda mais a categoria e ampliar os conhecimentos dos docentes para melhorar o desenvolvimento dos alunos, observando a limitação de cada um. Para subsidiar os estudos, os participantes receberam a Cartilha "TDAH - Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade - uma conversa com educadores” on line para estudo e pesquisa na área. As formações são realizadas a cada sexta-feira, sempre com um tema diferente.
Quem ministrou a formação foi Margareth Carvalho, mestre em Educação e pós graduanda em Neuropsicologia. De acordo com ela, não há nenhuma Lei que ampare o atendimento destes alunos de forma diferenciada nas instituições de ensino, salvo no município do Rio de Janeiro, que possui legislação própria sobre o tema. Uma das metas do Núcleo de Atendimento Institucional com TDAH do CRIE é ter subsídios para propor, na Câmara Municipal de Belém, uma lei que ofereça o suporte necessário aos alunos com TDAH nas escolas, oficializando, assim, o atendimento.
Não há, nas escolas municipais, um número total de alunos que apresentam o transtorno, porém, levantamentos extraoficiais apontam um número considerável de crianças com o transtorno. “Na verdade o aluno com TDAH não é uma demanda da educação especial, mas nós, por meio do CRIE, os acolhemos e, por meio das formações, orientamos os professores das Salas de Recursos Multifuncionais que estão mais próximos deles pra saber quem é esse aluno, como funciona o transtorno e, a partir disso, orientamos as estratégias para melhor atendê-los”, ressaltou.
Um estudo feito pelo CRIE em parceria com a Universidade Federal do Pará produzirá uma pesquisa epidemiológica que usa instrumentos específicos para o diagnóstico do aluno TDHA. Após a finalização do levantamento, as informações serão comparadas com os estudos que estão sendo feitos em São Luís, no estado do Maranhão, para avaliar a presença do transtorno e as condições em que se dão em ambos os locais.
Para os profissionais, a formação é uma oportunidade de qualificar o atendimento. “Essas formações trazem um benefício muito grande pra todos que trabalham nas salas de recursos porque há uma riqueza enorme de conteúdo. Coisas que nem os livros e nem a academia ensinam a gente aprende com a experiência diária e nas formações”, afirmou a professora das Salas de Recursos Multifuncionais do distrito do Entroncamento, Iolanda Corrêa.
Texto: Aline SaavedraFoto: Tássia Barros – ComusSecretaria Municipal de Educação (SEMEC)

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