segunda-feira, 13 de abril de 2015

Programação azul informa e esclarece sobre o espectro do autismo










“Eu só fui perceber que o meu filho tinha algo diferente quando ele tinha 3 anos e eu só fui saber o que era o autismo, no mesmo ano, quando tinha 39. Até então, a falta de informação era muito grande, mesmo eu buscando me informar sobre vários assuntos. E por ele nãoapresentar nenhuma deficiência visível, é mais difícil ainda para as pessoas perceberem que ele tem uma deficiência.”, este é o depoimento de Lucivaldo Souza, pai de Eric Lucke, de 9 anos, com autismo.


Lucivaldo faz parte de um universo de famílias que têm pessoas com o espectro do autismo ou que conhecem alguém com a deficiência. E para conscientizar a sociedade para a causa e celebrar os direitos conquistados, uma caminhada realizada na manhã deste domingo,12, na Praça Batista Campos, lembrou o Dia do Autismo, ocorrido no último dia 2 de abril . Na oportunidade, as várias entidades que atendem a esse público estiveram presentes com a exposição de trabalhos que são desenvolvidos com crianças, jovens e adultos.
O autismo é uma disfunção global do desenvolvimento. É uma alteração que afeta a capacidade de comunicação do indivíduo, de socialização (estabelecer relacionamentos) e de comportamento. A cor azul simboliza a consciência para o 2 de abril em relação ao autismo, em todo o mundo.
Alunos atendidos pelo Centro de Referência em Inclusão Educacional Gabriel Lima Mendes, vinculado à Secretaria Municipal de Educação estiveram presentes e participaram da caminhada. Atualmente, 154 alunos atendidos pelo centro são diagnosticados com a deficiência.  
Os estudantes frequentam as aulas regulares desde as turmas iniciais até a Educação de Jovens e Adultos e duas a três vezes por semana recebem o Atendimento Educacional Especializado nas salas de recursos multifuncionais com fonoaudiólogos, psicopedagogos e outros profissionais, a fim de aprimorar suas habilidades, respeitando sempre o limite individual.
Um desses exemplos é Abraão Briaca, de cinco anos. Ele estuda na Unidade Pedagógica Honorato Filgueiras e recebe o AEE na sala de recursos da escola municipal Rotary. Para sua mãe, a professora da rede municipal e estadual, Daniela Briaca, muitos avanços já foram alcançados em relação à pessoa com autismo. O fato de as famílias não mais esconderem seus filhos com a deficiência dentro da casa, em um quarto e procurarem ajuda já é um sinal de que a sociedade está mais aberta para o caso e oferecendo atendimentos específicos.
“É importante que a criança com autismo esteja incluída. Eu acredito que com isso ele pode ter um futuro de possibilidades. Tem que acreditar, tem que ter fé. Depois que ele passou a frequentar a escola percebo que ele está evoluindo”, afirmou Daniela.
Para a coordenadora do Crie, Denise Costa, o evento é importante não apenas para divulgar os serviços que o Centro oferece, mas também para promover a inclusão. “A importância de nós estarmos aqui hoje é justamente, para mais uma vez, realizar a integração entre o Centro e as famílias. Nós do Crie já buscamos essa interação por meio do Programa do Transtorno do Espectro do Autismo, o Proteia, que é justamente a aproximação entre a família e a comunidade escolar, pois ambos são importantes para o desenvolvimento do aluno”, finalizou.   
Texto: Aline Saavedra
Foto: Tássia Barros - Comus 
Secretaria Municipal de Educação (SEMEC)


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