O Dia Mundial da Conscientização do Autismo, 2 de
abril, será lembrado pela Prefeitura de Belém e demais órgãos e associações
empenhados em mobilizar a sociedade para conhecer mais a deficiência,
com a realização da semana de conscientização do autismo. A Agenda Azul,
como também é denominada, teve início no dia 31, com uma ação na Praça Batista
Campos e segue até o dia 5 de abril com uma programação diversa.
Nesta terça-feira, 01, um debate sobre o tema
“Políticas para a inclusão e cidadania da pessoa com transtorno do espectro
autista” foi realizado no auditório da Estação Gasômetro. Participaram
representantes da Secretaria Estadual de Educação, Coordenadoria de educação
especial (Coes), a Ong Atenção Multidisciplinar, Orientação e Respeito para o
Autismo (Amora) e Centro de Referência em Inclusão Educacional Gabriel
Lima Mendes, o Crie, além de pais de alunos.
Representando a Prefeitura, Denise Costa,
coordenadora da educação especial no município de Belém participou do debate e
falou da importância da união dos envolvidos para a realização da semana de
conscientização.
“Pela primeira vez nós não temos apenas um dia e
sim uma semana inteira para discutir, trocar experiência e somar conhecimento
sobre o tema. É necessário que as pessoas saibam o que é o autismo, é preciso
que a sociedade não exclua essas pessoas, e nós enquanto Centro de Referência
proporcionamos a assistência educacional com nossa equipe multiprofissional,
composta por psicólogos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas e outros
profissionais, além da atenção a saúde, quando necessário e sempre acolhendo a
família, que também é muito importante”, afirmou a coordenadora da Educação
Especial em Belém.
Na rede municipal de ensino 577 alunos com
deficiência são atendidos nas 33 salas de recursos multifuncionais localizadas
nas escolas municipais. Destes, 183 são diagnosticados com o transtorno do
espectro autista. A meta, de acordo com a coordenadora é criar em Belém o
centro de autismo para melhor atender a pessoa com essa deficiência.
Mãe do aluno Nieldson, de 4 anos, Francilda
Carvalho não acreditou quando viu o diagnostico afirmando que o seu filho é
autista. Após buscar informações sobre a deficiência começou a lidar melhor com
a realidade. “Meu mundo caiu, eu fiquei muito assustada e não acreditava.
Pensava que ele era só hiperativo. Eu fui me informar e comecei a aceitar a
situação. É mais difícil em tudo, mas quando vejo crianças ditas como normais
com comportamento piores do que os dele penso que não é só ele que é assim”,
disse.
Quanto à importância da discussão sobre o
autismo, a dona de casa não hesitou em falar. “É muito importante, assim como
eu não sabia, existe muita gente que não sabe. Às vezes pensam que o autista é
aquele que bate, uma visão errada sobre este transtorno”, finalizou.
A programação continua nesta
quarta-feira,02, quando acontece a Caminhada Azul com as famílias e amigos
de autistas ao redor da Estação Gasômetro, a partir das 9h30.
Texto: Aline Saavedra
Secretaria Municipal de Educação
(SEMEC)
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