quinta-feira, 3 de abril de 2014

Teatro e caminhada chamam atenção para o autismo em Belém








Pais, representantes de organizações não governamentais, alunos com e sem deficiência participaram na manhã desta quarta-feira, 02, de uma caminhada pela conscientização do autismo. Dois de abril é o dia internacional de conscientização sobre o espectro do autismo. Nesta data, várias ações são realizadas em todo o mundo para chamar a atenção da sociedade para o transtorno do autismo e por meio da informação, fazer com que os autistas possam ser cada vez mais incluídos na sociedade.
Em Belém, a ação foi realizada pela Prefeitura por meio do Centro de Referência em Inclusão Educacional Gabriel Lima Mendes, o Crie.

A concentração da ação foi no auditório da Estação Gasômetro onde houve uma apresentação de teatro com atores surdos e a apresentação do aluno Raimundo Neto que cantou, tocou e emocionou a todos com a sua desenvoltura no palco. Em seguida houve uma caminhada ao redor do Museu Emílio Goeldi.

Roberto Neto tem 15 anos e aos 5 sua mãe descobriu que ele tem um grau leve de autismo. “Hoje ele conversa com as pessoas, estuda, canta e até toca alguns instrumentos. Ele já cursa até o primeiro grau”, disse emocionada Ana Paula Queiroz, mãe de Raimundo.

O espectro do autismo é estudado há mais de seis décadas e até hoje não foi encontrado nenhum motivo que justifique o transtorno. É caracterizado pela dificuldade da pessoa em se concentrar e de se relacionar com outras pessoas, não manter contato visual e apresentar acentuada hiperatividade física, entre outros aspectos. É possível ser encontrado em três graus: leve, moderado e grave.

Para a coordenadora da Educação Especial em Belém e articuladora da ação, Denise Costa, o diagnóstico precoce e o início imediato do trabalho com o autista, aumentam a chance de um desenvolvimento satisfatório.

“Não existe causa para esse transtorno, mas sabemos que há grandes gênios que tiveram um grau de autismo, como Albert Einstein. O que é preciso é iniciar o trabalho com essas pessoas o quanto antes, assim as chances de formar um cidadão, de fazer com que eles cresçam e tenham um bom desenvolvimento é maior”, alertou.

Vandenise Carneiro é médica veterinária e possui um filho de 6 anos que é autista. Segundo ela, não foi tão fácil chegar ao diagnóstico, mas que depois da confirmação a única coisa que a faz diferente de outras mães é a dedicação que tem com o filho.

“No início eu perguntava na escola o que ele tinha, aí me mandavam procurar um pediatra, um psicólogo até que me informaram que o meu filho tem autismo. É uma dedicação maior que tenho que ter comparado a outras crianças, principalmente dentro de casa. Mas, como ele foi diagnosticado ainda com dois anos, ele já tem todo o apoio necessário para que cresça com um bom desenvolvimento. Ele vai à fonoaudióloga, psicóloga e frequenta a escola normalmente”, afirmou.  
Texto: Aline Saavedra

Secretaria Municipal de Educação (SEMEC)

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